domingo, 28 de dezembro de 2008

Dayane

Esse texto tem esse nome por causa de uma foto, que não é essa foto ai abaixo, eu estava olhando de madrugada o orkut alheio como diria uma amiga minha, afim de encontrar textos interessantes naquela página inicial, quando deparei-me com a foto de uma menina chamada Dayane que além de muito bonita tinha lindos olhos verdes, mas o que mais me chamou atenção além dos belos olhos era o olhar que ela tinha na foto, que do nada acabou me "inspirando" a escrever esse texto, que eu até enviei a ela no orkut mas acho que ela não deu muita bola, enfim isso já tem bastante tempo, e agora eu resolvi perder a vergonha e publicar ele aqui.

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Vi uma vez um olhar alegre disfarçado de triste
pensei comigo mesmo "mas será que isso existe"
e como não poderia ser se estava ali na minha frente
era um danado de um olhar que sorria por de trás das pupilas
banhava de mar as retinas
assim que se fechavam as cortinas
daquelas duas luas verdes
apregoadas no rosto da menina
que olhava com aquele olhar ainda em vespertina
naquela noite matutina descobri que também se sorria ao se chorar.
(eu)

sábado, 13 de dezembro de 2008

AH ! Vai dizer que nunca viu

Vamos Ás Cataratas é o título desse clássico episódio do Pica-Pau que tenho certeza você já canso de ver no SBT, ele é o sexto episódio da temporada e foi ao ar em 22 de outubro de 1956 é o 72° episódio da série do Woodpecker, foi dirigida por Paul J. Smith e escrito por Dick Kinney e Milt Schaffer, o episódio dura ao todo seis minutos ih sempre é lembrado pela cena em que o guarda dispenca das cataratas em um barril ao som do ÊÊÊÊÊÊÊÊÊ dos turistas de capas amarelas.
AÊ Bugica essa é pra você.

Outro Clássico mas esse é da Turma do Pica-Pau
Essa é pra você Renata


Esse clássico episódio da turma do Pica-Pau saiu no Brasil com o nome de "A Lenda do pico da Canção de Ninar" mas em inglês seu nome é The Legend Of Rockaby Point, esse curta é do ano de 1955 e foi um especial criado por Walter Lantz para o desenho do Chilly Willy que é o pinguim da história, o episódio foi um imenso sucesso ganhando até mesmo indicação ao Oscar de melhor curta-metragem animado, o episódio ao todo tem seis minutos e foi dirigido por Tex Avery, na história criada por Michael Maltes um velho pescador conta a lenda de um Urso chamado Maxie que tentava a todo custo roubar a carga de peixe de seu navio, porém o urso gatuno era sempre atrapalhado pelo pinguim Chilly Willy que sempre colocava em seu caminho o feroz cão guarda do navio, o episódio que é extramente engraçado fez tanto sucesso que tanto o pinguim Chilly Willy como o urso polar Maxie ( que no Brasil ganho o nome de Charlie) fizeram parte de outros episódios da turma do Pica-Pau alguns deles com o próprio Woodpecker, o pinguim chegou a ganhar uma série de episódios somente seus. Depois desse que foi ao ar em 1° de abril de 1955, se não tão bom não tava passando até hoje né.



quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Solidão não é estar só

Apesar de estar postando esse texto em um momento em que estou sozinho em casa, não estou me sentido só, aliás é justamente o paradoxo desse sentimento é que está me fazendo postar esse texto aqui, também por que me deparei no meu computador com este quadro do Edward Hopper, que acho muito bonito
 
Edward Hopper Railroad Sunset, 1929, oil on canvas Solidão não é estar só é sentir somente Que mesmo em meio a uma multidão ainda se pode estar imerso no vazio seja do sonho que não veio ou da lembrança de um pensamento tardio o que me consola é ter um coração só.
(eu)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Em Algum Lugar Bem Distante Daqui

Todos os dias uma Formiga chegava bem cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz. O gerente Marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fose supervisionada.

E colocou uma Barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora. A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Logo a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma Aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.

O Marimbondo ficou encantado com os relatórios da Barata e pediu também gráficos com indicadores e análises das tendências que eram mostradas em reuniões. A Barata então, contratou uma Mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo a Formiga, produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões.

O Marimbondo concluiu que era a hora de criar a função de gestor para a área aonde a Formiga, produtiva e feliz trabalhava.

O cargo foi dado a uma Cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial. A nova gestora Cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a Formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada. A Cigarra, então, convenceu o gerente Marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima. Mas o Marimbondo, ao rever as cifras se deu conta que a unidade na qual a Formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a Coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.

A Coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluia. HÁ MUITA GENTE NA SUA EMPRESA.

E advinha quem o Marimbondo mandou demitir ?

A Formiga porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.

Mas calma se você se identificou com essa história não se preocupe não, por que afinal, ela foi em algum lugar bem distante daqui.
(autor desconhecido)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Sir Joe Cocker

Falando agora de música, pra melhorar o astral, eu sei que o pessoal da turma vai ficar falando que nos ultimos tempos a única coisa sobre música que eu falo é Joe Cocker, mais agora eles vão poder ver e saber o porque de todo o meu entusiasmo principalmente com o disco Mad Dogs, pra quem gosta de Rock e Soul lá vai.

E o começo da história é assim: John Robert Cocker nasceu em Sheffield no dia 20 de maio de 1944, ele começou sua carreira musical aos quinze anos de idade: sua primeira banda foi os Avengers .

sob o pseudônimo de Vance Arnold, ele começou a cantar em Pubs de Sheffield, o músico conciliva o seu emprego diurno no ramo da instalação de gás, com espectáculos onde interpretava temas de Ray Charles, com a banda The Avengers. Vance Arnold and the Avengers viveram o seu momento alto em 1963, quando fizeram a primeira parte de um concerto dos Rolling Stones, em Sheffield.

No ano seguinte, Joe Cocker abandonou o seu emprego diurno e editou o seu primeiro single, uma versão do tema dos Beatles “I’ll Cry Instead”, com a colaboração da banda Joe Cocker Big Blues. Pouco a pouco, o cantor foi conquistando uma sólida legião de fãs na Inglaterra e na França, onde foi apelidado de “Le Petit Ray Charles”. Aos Joe Cocker Big Blues sucedeu The Grease Band, grupo que contou com Chris Stainton, segundo Cocker, o melhor músico do mundo.

O cantor conquistou os Estados Unidos, em 1969, quando marcou presença no programa de televisão Ed Sullivan Show e não tardou até começar a atuar em festivais de verão, dentre os quais, se destacou o concerto realizado no festival de Woodstock.

Sem dúvida a melhor apresentação da vida dele

O disco de 1970, “Mad Dogs and Englishmen”, serviu de mote a uma digressão que levou Joe a tocar em quarenta e oito cidades, num espaço de cinquenta e seis dias. Nesse ano, o músico vendeu mais de três milhões de discos só nos Estados Unidos e os seus três primeiros álbuns chegaram à platina. Esse disco é na minha opnião o disco mais fantástico da discografia do Joe Cocker, o album marcou tanto a vida do cantor que Mad Dogs é o nome do seu rancho na Grã-Bretanha.


Já na década de 80, a carreira de Joe Cocker continuou a ser marcada pelo sucesso, tendo o cantor aceitado o convite dos Crusaders para colaborar no tema “I’m So Glad I’m Standing Here Today”, exclusivamente escrito para ele, e interpretado na cerimônia do Grammy de 1992.

Em 1982, depois de ultrapassados os problemas de voz causados pelo consumo excessivo de álcool, quer no palco quer fora dele, o cantor regressou às tabelas de vendas com o tema “Up Where We Belong”, um dueto com Jennifer Warnes, incluído na trilha sonora do filme “A Força do Destino”.



“Civilized Man” (1984), “Cocker” (1986), “Unchain My Heart” (1987) e “One Night of Sin” (1989) foram discos de platina, do mesmo modo que em 1991 o tema-título do álbum “Night Calls” conquistou o ouro na Europa, em poucas semanas.



Em 1994 Joe Cocker lançou o album "Have a Little Faith", que assaltou as tabelas de vendas de muitos países graças ao tema "The Simple Things" e dois anos depois, o cantor prestava uma homenagem à sua respeitavel carreira com a edição "Organic", um disco que levou Cocker a revisitar composições antigas como Delta Lady e You Are So Beatiful.

Em 2007 Joe participou do maravilhoso filme de Julie Taymor "Across The Universe" um musical que conta uma história romântica através das músicas dos Beatles, no filme Cocker intepreta o tema Come Together

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Se Deus não existisse tudo seria permitido

A frase que dá tema ao artigo é de Fiódor Dostoiévski
do livro Os Irmãos Karamazov

"A guerra é um massacre de homens que não se conhecem em benefício de outros que se conhecem mas não se massacram."

( Paul Valéry )


Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registrou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poder ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças.

A tragédia imortalizada pela foto também foi registrada em vídeo


Phan Thi Kim Phúc tinha cerca de nove anos de idade quando o bombardeio americano arrasou o seu vilarejo, hoje com 44 anos ela é casada, mãe de dois filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra ela também é embaixadora da UNESCO.



Em declaração a rede BBC ela disse:
"Em 1972, os americanos lançaram uma bomba de napalm em meu povoado, no sul do Vietnã.
Um fotógrafo, Nick Ut, tirou uma foto minha fugindo do fogo, a foto que hoje é tão famosa. Eu me lembro que tinha 9 anos, era apenas uma menina. Naquela noite, nós do povoado havíamos ouvido que os vietcongues estavam vindo e que eles queriam usar a vila como base. Então, quando já era dia, eles vieram e iniciaram os combates no povoado. Nós estávamos muito assustados. Eu me lembro que minha família decidiu procurar abrigo em um templo, porque nós acreditávamos que lá era um lugar sagrado. Nós acreditávamos que, se nos escondêssemos lá, estaríamos a salvo. Eu não cheguei a ver a explosão da bomba de napalm; só me lembro que, de repente, eu vi o fogo me cercando. De repente, minhas roupas todas pegaram fogo, e eu sentia as chamas queimando meu corpo, especialmente meu braço. Naquele momento, passou pela minha cabeça que eu ficaria feia por causa das queimaduras, que eu não ia mais ser uma criança como as outras. Eu estava apavorada, porque de repente não vi mais ninguém perto de mim, só fogo e fumaça. Eu estava chorando e, milagrosamente, ao correr meus pés não ficaram queimados. Só sei que eu comecei a correr, correr e correr. Meus pais não conseguiriam escapar do fogo, então eles decidiram voltar para o templo e continuar abrigados por lá. Minha tia e dois de meus primos morreram. Um deles tinha 3 anos e o outro só 9 meses, eram dois bebês. Então, eu atravessei o fogo" Kim Phuc

O Herói de Tiananmen



Também conhecido como o Rebelde Desconhecido, esta foi a alcunha que foi atribuído a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa. A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs-se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas foto como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar. Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão...

A Ofensiva do Tet

A ofensiva militar deflagrada em janeiro de 1968 pelo Vietnam do Norte e pela Frente de Libertação Nacional do Vietnam do Sul, contra os americanos e seus aliados sul-vietnamitas, acabou em uma derrota militar dos atacantes que entretanto obtiveram importante vitória politica na guerra de propaganda.
"O Coronel assassinou o preso; mas e eu.... assassinei o coronel com a minha câmera" palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra autor desta foto que mostra um assassinato em 1° de fevereiro de 1968, na imagem o general sul-vietnamita Nguyen Ngoc Loan, Chefe da Polícia da República do Vietnam (sul-vietnamita), decidiu executar sumariamente no meio da rua o capitão vietcong Nguyen Van Lem. Adams, correpondente em 13 guerras, na época trabalhando para a Associated Press, obteve por esta fotografia um prêmio Pulitzer, mas ficou tão emocionalmente tocado com ela que se converteu em um fotografo paisagístico. Eddie Adams faleceu no dia 19 de setembro de 2004.


Depois da retirada americana do Vietnam, o General Ngoc Loan foi viver no E.U.A aonde abriu uma pizzaria.


O Banheiro

Não é o lar o último recesso do homem civilizado, sua última fuga, o derradeiro recanto em que pode esconder suas mágoas e dores. Não é o lar o castelo do homem. O castelo do homem é seu banheiro. Num mundo atribulado, numa época convulsa, numa sociedade desgovernada, numa família dissolvida ou dissoluta só o banheiro é um recanto livre, só essa dependência da casa e do mundo dá ao homem um hausto de tranqüilidade. É ali que ele sonha suas derradeiras filosofias e seus moribundos cálculos de paz e sossego. Outrora, em outras eras do mundo, havia jardins livres, particulares e públicos, onde o homem podia se entregar à sua meditação e à sua prece. Desapareceram os jardins particulares, pois o homem passou a viver montado em lajes, tendo como ilusão de floresta duas ou três plantas enlatadas que não são bastante grandes para ocultar seu corpo da fúria destrutiva da proximidade forçada de outros homens. Não encontrando mais as imensidões das praças romanas que lhe davam um sentido de solidão, não tendo mais os desertos, hoje saneados, irrigados e povoados, faltando-lhe as grutas dos companheiros de Chico de Assis, onde era possível refletir e ponderar, concluir e amadurecer, o homem foi recuando, desesperou e só obteve um instante de calma no dia em que de novo descobriu seu santuário dentro de sua própria casa — o banheiro. Se não lhe batem à porta outros homens (pois um lar por definição é composto de mulher, marido, filho, filha e um outro parente, próximo ou remoto, todos com suas necessidades físicas e morais) ele, ali e só ali, por alguns instantes, se oculta, se introspecciona, se reflete, se calcula e julga. Está só consigo mesmo, tudo é segredo, ninguém o interroga, pressiona, compele, tenta, sugere, assalta, Aqui é que o chefe da casa, à altura dos quarenta anos, olha os cabelos grisalhos, os claros da fronte, e reflete, sem testemunhas nem cúmplices, sobre os objetivos negativos da existência que o estão conduzindo — embora altamente bem sucedido na vida prática — a essa lenta degradação física. Examina com calma sua fisionomia, põe-se de perfil, verifica o grau de sua obesidade, reflete sobre vãs glórias passadas e decide encerrar definitivamente suas pretensões sentimentais, ânsia cada vez maior e mais constante num mundo encharcado de instabilidade. É nesse mesmo banheiro que o filho de vinte anos examina a vaidade de seus músculos, vê que deve trabalhar um pouco mais seus peitorais, ensaia seu sorriso de canto de boca, fica com um olhar sério e profundo que pretende usar mais tarde naquela senhora mais velha do que ele mas ainda cheia de encantos e promessas. É aqui que a filha de 17 anos vem ler a carta secreta que recebeu do primo, cujos sentimentos são insuspeitados pelo resto da família. Já leu a carta antes, em vários lugares, mas aqui tem o tempo e a solidão necessários para degustá-la e suspirá-la. É aqui também que ela vem verificar certo detalhe físico que foi comentado na rua, quando passava por um grupo de operários de obras, comentário que na hora ela ouviu com um misto de horror e desprezo. É aqui que a dona de casa, a mãe de família, um tanto consumida pelos anos, vem chorar silenciosamente, no dia em que descobre ou suspeita de uma infidelidade, erro ou intenção insensata da parte do marido, filho, filha, irmãos. Aqui ninguém a surpreenderá, pode amargurar-se até aos soluços e sair, depois de alguns momentos, pronta e tranqüila, com a alma lavada e o rosto idem, para enfrentar sorridente os outros misteriosos e distantes seres que vivem no mesmo lar.
Não há, em suma, quem não tenha jamais feito uma careta equívoca no espelho do banheiro nem existe ninguém que nunca tenha tido um pensamento genial ao sentir sobre seu corpo o primeiro jato de água fria. Aqui temos a paz para a autocrítica, a nudez necessária para o frustrado sentimento de que nossos corpos não foram feitos para a ambição de nossas almas, aqui entramos sujos e saímos limpos, aqui nos melhoramos o pouco que nos é dado melhorar, saímos mais frescos, mais puros, mais bem dispostos. O banheiro é o que resta de indevassável para a alma e o corpo do homem e queira Deus que Le Corbusier ou Niemeyer não pensem em fazê-lo também de vidro, numa adaptação total ao espírito de uma humanidade cada vez mais gregária, sem o necessário e apaixonante sentimento de solidão ocasional. Aqui, neste palco em que somos os únicos atores e espectadores, neste templo que serve ao mesmo tempo ao deus do narcisismo e ao da humildade, é que a civilização hodierna encontrará sua máxima expressão, seu último espelho — que é o propriamente dito.
Xantipa, que diabo, me joga essa toalha!

Millôr Fernandes

domingo, 26 de outubro de 2008

Nova Logo Pro Blog

Levei um tempão pra decidir que imagem eu colocaria de logo no Blog, pensei primeiro (nessa foto acima) a famosa imagem do corte no olhar do Cão Andaluz do Luiz Buñel, que além de ser uma bela foto, é também uma idéia maravilhosa de construção de um novo olhar, coisa que eu particularmente acho muito interessante, mas acabou que não surtiu o efeito estético que eu imaginava então lembrei da imagem do Homem Vetruviano do Leonardo Da Vinci, e sendo a Renascença o período do rompimento do homem com a fé, resolvi usar o Homem Vetruviano como simbolo do Blog, estou pretendendo trazer o conteúdo deste blog mais para perto do sentido histórico, do que como apenas uma vitrine daquilo que eu venha estar pensando, acho que não gosto muito de ficar me expondo pra ter um blog pra falar de mim, aliás acho que se eu permanecesse nesse tema, ou seja eu, o conteúdo do Blog além de diminuto seria também entediante, então acho melhor tratá-lo como um expositor de conteúdos históricos, aqui embaixo vão os testes que fiz para logos do Blog. A mais abaixo foi a que acabo sendo escolhida.


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Texto Maneirissimo que a Sabrina me enviou

O mundo conforme Casciari


Li uma vez que a Argentina não é nem melhor, nem pior que a Espanha, só que mais jovem. Gostei dessa teoria e aí inventei um truque para descobrir a idade dos países baseando-me no 'sistema cão'.


Desde meninos nos explicam que para saber se um cão é jovem ou velho, deveríamos multiplicar a sua idade biológica por 7. No caso de países temos que dividir a sua idade histórica por 14 para conhecer a sua correspondência humana. Confuso? Neste artigo exponho alguns exemplares
reveladores.

A Argentina nasceu em 1816, assim sendo, já tem 190 anos. Se dividimos estes anos por 14, a Argentina tem 'humanamente' cerca de 13 anos e meio, ou seja, está na pré-adolescência. É rebelde, se masturba, não tem memória, responde sem pensar e está cheia de acne. Quase todos os países da América Latina têm a mesma idade, e como acontece nesses casos, eles formam gangues. A gangue do Mercosul é formada por quatro adolescentes que tem um conjunto de rock. Ensaiam em uma garagem, fazem muito barulho, e jamais gravaram um disco. A Venezuela, que já tem peitinhos, está querendo unir-se a eles para fazer o coro. Em realidade, como a maioria das mocinhas da sua idade, quer é sexo, neste caso com Brasil que tem 14 anos e um membro grande.

O México também é adolescente, mas com ascendente indígena. Por isso, ri pouco e não fuma nem um inofensivo baseado, como o resto dos seus amiguinhos. Mastiga coca, e se junta com os Estados Unidos, um retardado mental de 17 anos, que se dedica a atacar os meninos famintos de 6 anos em outros continentes.


No outro extremo, está a China milenária. Se dividirmos os seus 1.200 anos por 14 obtemos uma senhora de 85, conservadora, com cheiro a xixi de gato, que passa o dia comendo arroz porque não tem - ainda - dinheiro para comprar uma dentadura postiça. A China tem um neto de 8 anos, Taiwan, que lhe faz a vida impossível. Está divorciada faz tempo de Japão, um velho chato, que se juntou às Filipinas, uma jovem pirada, que sempre está disposta a qualquer aberração em troca de grana. Depois, estão os países que são maiores de idade e saem com o BMW do pai. Por exemplo, Austrália e Canadá. Típicos países que cresceram ao amparo de papai Inglaterra e mamãe França, tiveram uma educação restrita e antiquada e agora se fingem de loucos. A Austrália é uma babaca de pouco mais de 18 anos, que faz topless e sexo com a África do Sul. O Canadá é um mocinho gay emancipado, que a qualquer momento pode adotar o bebê Groenlândia para formar uma dessas famílias alternativas que estão de moda. A França é uma separada de 36 anos, mais puta que uma galinha, mas muito respeitada no âmbito profissional. Tem um filho de apenas 6 anos: Mônaco, que vai acabar virando puto ou bailarino... ou ambas coisas. É a amante esporádica da Alemanha, um caminhoneiro rico que está casado com Áustria,
que sabe que é chifruda, mas que não se importa.


A Itália é viúva faz muito tempo. Vive cuidando de São Marino e do Vaticano, dois filhos católicos gêmeos idênticos. Esteve casada em segundas núpcias com Alemanha (por pouco tempo e tiveram a Suíça), mas agora não quer saber mais de homens. A Itália gostaria de ser uma mulher como a Bélgica: advogada, executiva independente, que usa calças e fala de política de igual para igual com os homens (A Bélgica também fantasia de vez em quando que sabe preparar espaguete).


A Espanha é a mulher mais linda de Europa (possivelmente a França se iguale a ela, mas perde espontaneidade por usar tanto perfume). É muito tetuda e quase sempre está bêbada. Geralmente se deixa foder pela Inglaterra e depois a denuncia. A Espanha tem filhos por todas as partes (quase todos de 13 anos), que moram longe. Gosta muito deles, mas a perturbam quando têm fome, passam uma temporada na sua casa e assaltam sua geladeira.


Outro que tem filhos espalhados no mundo é a Inglaterra. Sai de barco de noite, transa com alguns babacas e nove meses depois, aparece uma nova ilha em alguma parte do mundo. Mas não fica de mal com ela. Em geral, as ilhas vivem com a mãe, mas a Inglaterra as alimenta. A Escócia e a Irlanda, os irmãos de Inglaterra que moram no andar de cima, passam a vida inteira
bêbados e nem sequer sabem jogar futebol. São a vergonha da família. A Suécia e a Noruega são duas lésbicas de quase 40 anos, que estão bem de corpo, apesar da idade, mas não ligam para ninguém. Transam e trabalham, pois são formadas em alguma coisa. Às vezes, fazem trio com a Holanda (quando necessitam maconha, haxixe e heroína); outras vezes cutucam a Finlândia, que é um cara meio andrógino de 30 anos, que vive só em um apartamento sem mobília e passa o tempo falando pelo celular com Coréia. A Coréia (a do sul) vive de olho na sua irmã esquizóide. São gêmeas, mas a do Norte tomou líquido amniótico quando saiu do útero e ficou estúpida.
Passou a infância usando pistolas e agora, que vive só, é capaz de qualquer coisa. Estados Unidos, o retardadinho de 17 anos, a vigia muito, não por medo, mas porque quer pegar as suas pistolas.
Irã e Iraque eram dois primos de 16 que roubavam motos e vendiam as peças, até que um dia roubaram uma peça da motoca dos Estados Unidos e acabou o negocio para eles. Agora estão comendo lixo. O mundo estava bem assim até que, um dia, a Rússia se juntou (sem casar)
com a Perestroika e tiveram uma dúzia e meia de filhos. Todos esquisitos,
alguns mongolóides, outros esquizofrênicos. Faz uma semana, e por causa de um conflito com tiros e mortos, os habitantes sérios do mundo, descobrimos que tem um país que se chama
Kabardino-Balkaria. É um país com bandeira, presidente, hino, flora, fauna... e até gente! Eu fico com medo quando aparecem países de pouca idade, assim de repente. Que saibamos deles por ter ouvido falar e ainda temos que fingir que sabíamos, para não passar por ignorantes.
Mas aí, eu pergunto: por que continuam nascendo países, se os que já existem ainda não funcionam?


NOTA SOBRE O AUTOR:
Hernán Casciari nasceu em Mercedes (Buenos Aires), a 16 de março de 1971.
Escritor e jornalista argentino. É conhecido por seu trabalho ficcional na
Internet, onde tem trabalhado na união entre literatura e blog, destacado
na blognovela. Sua obra mais conhecida na rede, 'Weblog de una mujer
gorda', foi editada em papel, com o título: 'Más respeto, que soy tu
madre'.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Cogito Ergo Sum


Esse aqui vai ser o meu ponto de partida
"Cogito, ergo sum "
Penso, Logo Existo
Não vou falar nisso agora por que já está tarde e tenho que dormir
Mas vai ser daqui que eu pretendo seguir aquilo que eu quero dizer nesse blog

Por que tudo tem um começo

Bom tudo aquilo que começa sabe-se lá se um dia termina essa aqui é a segunda tentativa que eu faço de ter um blog, acredito que para se ter um blog seja necessário alguma regularidade alguma frequência em estar publicando neste blog coisa que não consegui com o falecido blog Conocenza, espero que o latim me traga mais vontade de escrever aqui do que o italiano trouxe, acho que pretendo desta vez não ser tão crítico quanto ao que eu possa querer publicar aqui, falarei sei lá da minha rotina da minha pesquisa na area de historia, curso estou fazendo no momento, do que comi no café (brincadeira) não pretendo que isso aqui seja um diário e sim um canto virtual aonde materializo os meus pensamentos.

Cognitio

Um pequeno pedaço do mundo da minha cabeça