quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Sir Joe Cocker

Falando agora de música, pra melhorar o astral, eu sei que o pessoal da turma vai ficar falando que nos ultimos tempos a única coisa sobre música que eu falo é Joe Cocker, mais agora eles vão poder ver e saber o porque de todo o meu entusiasmo principalmente com o disco Mad Dogs, pra quem gosta de Rock e Soul lá vai.

E o começo da história é assim: John Robert Cocker nasceu em Sheffield no dia 20 de maio de 1944, ele começou sua carreira musical aos quinze anos de idade: sua primeira banda foi os Avengers .

sob o pseudônimo de Vance Arnold, ele começou a cantar em Pubs de Sheffield, o músico conciliva o seu emprego diurno no ramo da instalação de gás, com espectáculos onde interpretava temas de Ray Charles, com a banda The Avengers. Vance Arnold and the Avengers viveram o seu momento alto em 1963, quando fizeram a primeira parte de um concerto dos Rolling Stones, em Sheffield.

No ano seguinte, Joe Cocker abandonou o seu emprego diurno e editou o seu primeiro single, uma versão do tema dos Beatles “I’ll Cry Instead”, com a colaboração da banda Joe Cocker Big Blues. Pouco a pouco, o cantor foi conquistando uma sólida legião de fãs na Inglaterra e na França, onde foi apelidado de “Le Petit Ray Charles”. Aos Joe Cocker Big Blues sucedeu The Grease Band, grupo que contou com Chris Stainton, segundo Cocker, o melhor músico do mundo.

O cantor conquistou os Estados Unidos, em 1969, quando marcou presença no programa de televisão Ed Sullivan Show e não tardou até começar a atuar em festivais de verão, dentre os quais, se destacou o concerto realizado no festival de Woodstock.

Sem dúvida a melhor apresentação da vida dele

O disco de 1970, “Mad Dogs and Englishmen”, serviu de mote a uma digressão que levou Joe a tocar em quarenta e oito cidades, num espaço de cinquenta e seis dias. Nesse ano, o músico vendeu mais de três milhões de discos só nos Estados Unidos e os seus três primeiros álbuns chegaram à platina. Esse disco é na minha opnião o disco mais fantástico da discografia do Joe Cocker, o album marcou tanto a vida do cantor que Mad Dogs é o nome do seu rancho na Grã-Bretanha.


Já na década de 80, a carreira de Joe Cocker continuou a ser marcada pelo sucesso, tendo o cantor aceitado o convite dos Crusaders para colaborar no tema “I’m So Glad I’m Standing Here Today”, exclusivamente escrito para ele, e interpretado na cerimônia do Grammy de 1992.

Em 1982, depois de ultrapassados os problemas de voz causados pelo consumo excessivo de álcool, quer no palco quer fora dele, o cantor regressou às tabelas de vendas com o tema “Up Where We Belong”, um dueto com Jennifer Warnes, incluído na trilha sonora do filme “A Força do Destino”.



“Civilized Man” (1984), “Cocker” (1986), “Unchain My Heart” (1987) e “One Night of Sin” (1989) foram discos de platina, do mesmo modo que em 1991 o tema-título do álbum “Night Calls” conquistou o ouro na Europa, em poucas semanas.



Em 1994 Joe Cocker lançou o album "Have a Little Faith", que assaltou as tabelas de vendas de muitos países graças ao tema "The Simple Things" e dois anos depois, o cantor prestava uma homenagem à sua respeitavel carreira com a edição "Organic", um disco que levou Cocker a revisitar composições antigas como Delta Lady e You Are So Beatiful.

Em 2007 Joe participou do maravilhoso filme de Julie Taymor "Across The Universe" um musical que conta uma história romântica através das músicas dos Beatles, no filme Cocker intepreta o tema Come Together

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Se Deus não existisse tudo seria permitido

A frase que dá tema ao artigo é de Fiódor Dostoiévski
do livro Os Irmãos Karamazov

"A guerra é um massacre de homens que não se conhecem em benefício de outros que se conhecem mas não se massacram."

( Paul Valéry )


Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registrou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poder ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças.

A tragédia imortalizada pela foto também foi registrada em vídeo


Phan Thi Kim Phúc tinha cerca de nove anos de idade quando o bombardeio americano arrasou o seu vilarejo, hoje com 44 anos ela é casada, mãe de dois filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra ela também é embaixadora da UNESCO.



Em declaração a rede BBC ela disse:
"Em 1972, os americanos lançaram uma bomba de napalm em meu povoado, no sul do Vietnã.
Um fotógrafo, Nick Ut, tirou uma foto minha fugindo do fogo, a foto que hoje é tão famosa. Eu me lembro que tinha 9 anos, era apenas uma menina. Naquela noite, nós do povoado havíamos ouvido que os vietcongues estavam vindo e que eles queriam usar a vila como base. Então, quando já era dia, eles vieram e iniciaram os combates no povoado. Nós estávamos muito assustados. Eu me lembro que minha família decidiu procurar abrigo em um templo, porque nós acreditávamos que lá era um lugar sagrado. Nós acreditávamos que, se nos escondêssemos lá, estaríamos a salvo. Eu não cheguei a ver a explosão da bomba de napalm; só me lembro que, de repente, eu vi o fogo me cercando. De repente, minhas roupas todas pegaram fogo, e eu sentia as chamas queimando meu corpo, especialmente meu braço. Naquele momento, passou pela minha cabeça que eu ficaria feia por causa das queimaduras, que eu não ia mais ser uma criança como as outras. Eu estava apavorada, porque de repente não vi mais ninguém perto de mim, só fogo e fumaça. Eu estava chorando e, milagrosamente, ao correr meus pés não ficaram queimados. Só sei que eu comecei a correr, correr e correr. Meus pais não conseguiriam escapar do fogo, então eles decidiram voltar para o templo e continuar abrigados por lá. Minha tia e dois de meus primos morreram. Um deles tinha 3 anos e o outro só 9 meses, eram dois bebês. Então, eu atravessei o fogo" Kim Phuc

O Herói de Tiananmen



Também conhecido como o Rebelde Desconhecido, esta foi a alcunha que foi atribuído a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa. A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs-se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas foto como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar. Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão...

A Ofensiva do Tet

A ofensiva militar deflagrada em janeiro de 1968 pelo Vietnam do Norte e pela Frente de Libertação Nacional do Vietnam do Sul, contra os americanos e seus aliados sul-vietnamitas, acabou em uma derrota militar dos atacantes que entretanto obtiveram importante vitória politica na guerra de propaganda.
"O Coronel assassinou o preso; mas e eu.... assassinei o coronel com a minha câmera" palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra autor desta foto que mostra um assassinato em 1° de fevereiro de 1968, na imagem o general sul-vietnamita Nguyen Ngoc Loan, Chefe da Polícia da República do Vietnam (sul-vietnamita), decidiu executar sumariamente no meio da rua o capitão vietcong Nguyen Van Lem. Adams, correpondente em 13 guerras, na época trabalhando para a Associated Press, obteve por esta fotografia um prêmio Pulitzer, mas ficou tão emocionalmente tocado com ela que se converteu em um fotografo paisagístico. Eddie Adams faleceu no dia 19 de setembro de 2004.


Depois da retirada americana do Vietnam, o General Ngoc Loan foi viver no E.U.A aonde abriu uma pizzaria.


O Banheiro

Não é o lar o último recesso do homem civilizado, sua última fuga, o derradeiro recanto em que pode esconder suas mágoas e dores. Não é o lar o castelo do homem. O castelo do homem é seu banheiro. Num mundo atribulado, numa época convulsa, numa sociedade desgovernada, numa família dissolvida ou dissoluta só o banheiro é um recanto livre, só essa dependência da casa e do mundo dá ao homem um hausto de tranqüilidade. É ali que ele sonha suas derradeiras filosofias e seus moribundos cálculos de paz e sossego. Outrora, em outras eras do mundo, havia jardins livres, particulares e públicos, onde o homem podia se entregar à sua meditação e à sua prece. Desapareceram os jardins particulares, pois o homem passou a viver montado em lajes, tendo como ilusão de floresta duas ou três plantas enlatadas que não são bastante grandes para ocultar seu corpo da fúria destrutiva da proximidade forçada de outros homens. Não encontrando mais as imensidões das praças romanas que lhe davam um sentido de solidão, não tendo mais os desertos, hoje saneados, irrigados e povoados, faltando-lhe as grutas dos companheiros de Chico de Assis, onde era possível refletir e ponderar, concluir e amadurecer, o homem foi recuando, desesperou e só obteve um instante de calma no dia em que de novo descobriu seu santuário dentro de sua própria casa — o banheiro. Se não lhe batem à porta outros homens (pois um lar por definição é composto de mulher, marido, filho, filha e um outro parente, próximo ou remoto, todos com suas necessidades físicas e morais) ele, ali e só ali, por alguns instantes, se oculta, se introspecciona, se reflete, se calcula e julga. Está só consigo mesmo, tudo é segredo, ninguém o interroga, pressiona, compele, tenta, sugere, assalta, Aqui é que o chefe da casa, à altura dos quarenta anos, olha os cabelos grisalhos, os claros da fronte, e reflete, sem testemunhas nem cúmplices, sobre os objetivos negativos da existência que o estão conduzindo — embora altamente bem sucedido na vida prática — a essa lenta degradação física. Examina com calma sua fisionomia, põe-se de perfil, verifica o grau de sua obesidade, reflete sobre vãs glórias passadas e decide encerrar definitivamente suas pretensões sentimentais, ânsia cada vez maior e mais constante num mundo encharcado de instabilidade. É nesse mesmo banheiro que o filho de vinte anos examina a vaidade de seus músculos, vê que deve trabalhar um pouco mais seus peitorais, ensaia seu sorriso de canto de boca, fica com um olhar sério e profundo que pretende usar mais tarde naquela senhora mais velha do que ele mas ainda cheia de encantos e promessas. É aqui que a filha de 17 anos vem ler a carta secreta que recebeu do primo, cujos sentimentos são insuspeitados pelo resto da família. Já leu a carta antes, em vários lugares, mas aqui tem o tempo e a solidão necessários para degustá-la e suspirá-la. É aqui também que ela vem verificar certo detalhe físico que foi comentado na rua, quando passava por um grupo de operários de obras, comentário que na hora ela ouviu com um misto de horror e desprezo. É aqui que a dona de casa, a mãe de família, um tanto consumida pelos anos, vem chorar silenciosamente, no dia em que descobre ou suspeita de uma infidelidade, erro ou intenção insensata da parte do marido, filho, filha, irmãos. Aqui ninguém a surpreenderá, pode amargurar-se até aos soluços e sair, depois de alguns momentos, pronta e tranqüila, com a alma lavada e o rosto idem, para enfrentar sorridente os outros misteriosos e distantes seres que vivem no mesmo lar.
Não há, em suma, quem não tenha jamais feito uma careta equívoca no espelho do banheiro nem existe ninguém que nunca tenha tido um pensamento genial ao sentir sobre seu corpo o primeiro jato de água fria. Aqui temos a paz para a autocrítica, a nudez necessária para o frustrado sentimento de que nossos corpos não foram feitos para a ambição de nossas almas, aqui entramos sujos e saímos limpos, aqui nos melhoramos o pouco que nos é dado melhorar, saímos mais frescos, mais puros, mais bem dispostos. O banheiro é o que resta de indevassável para a alma e o corpo do homem e queira Deus que Le Corbusier ou Niemeyer não pensem em fazê-lo também de vidro, numa adaptação total ao espírito de uma humanidade cada vez mais gregária, sem o necessário e apaixonante sentimento de solidão ocasional. Aqui, neste palco em que somos os únicos atores e espectadores, neste templo que serve ao mesmo tempo ao deus do narcisismo e ao da humildade, é que a civilização hodierna encontrará sua máxima expressão, seu último espelho — que é o propriamente dito.
Xantipa, que diabo, me joga essa toalha!

Millôr Fernandes

domingo, 26 de outubro de 2008

Nova Logo Pro Blog

Levei um tempão pra decidir que imagem eu colocaria de logo no Blog, pensei primeiro (nessa foto acima) a famosa imagem do corte no olhar do Cão Andaluz do Luiz Buñel, que além de ser uma bela foto, é também uma idéia maravilhosa de construção de um novo olhar, coisa que eu particularmente acho muito interessante, mas acabou que não surtiu o efeito estético que eu imaginava então lembrei da imagem do Homem Vetruviano do Leonardo Da Vinci, e sendo a Renascença o período do rompimento do homem com a fé, resolvi usar o Homem Vetruviano como simbolo do Blog, estou pretendendo trazer o conteúdo deste blog mais para perto do sentido histórico, do que como apenas uma vitrine daquilo que eu venha estar pensando, acho que não gosto muito de ficar me expondo pra ter um blog pra falar de mim, aliás acho que se eu permanecesse nesse tema, ou seja eu, o conteúdo do Blog além de diminuto seria também entediante, então acho melhor tratá-lo como um expositor de conteúdos históricos, aqui embaixo vão os testes que fiz para logos do Blog. A mais abaixo foi a que acabo sendo escolhida.