sexta-feira, 31 de julho de 2020

Dúvida sobre o autor.

31 de Julho de 2013

De todas as injustiças da existência, nenhuma é maior do que não saber quando vamos morrer, talvez seja proposital, para que assim possamos enxergar, cada dia como uma oportunidade única, porém, não é assim que vivemos, muito pelo contrário, fazemos planos como se os amanhãs fossem quase que infinitos, quando na verdade, não temos nem o controle, e nem a certeza do próximo minuto, do próximo segundo, do próximo expirar.
 
Que significado pode ter uma existência frágil, tão perene, tão curta, que sonhos podem ser construídos em terreno tão insólito, que lógica trágica essa que nos torna um mero banquete a ele, o verme conquistador, o sonho que não contagia, a palavra que não foi dita, a declaração de amor que não foi exposta, tudo é banquete, o arrependimento, a culpa, a mágoa, tudo banquete, só as pegadas ficam junto a dezenas de espaços vazios, na mesa, na cama, no sofá, no armário, o vazio vai tomando conta de tudo.


Muito tempo depois descobri essa música, Naquela mesa, e hoje acho que ela conversa com esse texto. (01/07/2021)


 

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